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»» Seleção do Brahman OB: Revista: O Brahman no Brasil Ago/2008




Raça Brahman


Durante a Guerra de Secessão que devastou com suas batalhas o Sul dos Estados Unidos, as boiadas errantes se multiplicaram sem cuidados especiais. O que ficou claro para os pecuaristas, quando a paz voltou e os negócios recomeçaram, era que os animais de melhor resistência à falta de trato e às condições adversas do meio ambiente sulino, sem dúvida alguma, eram os zebuínos e suas cruzas. Assim, começou o desenvolvimento, de forma organizada, de uma raça zebuína, a partir do cruzamento de outras quatro raças: Nelore, Gir, Guzerá e Krishna Valley (mais a genética americana nativa), objetivando uma raça que pudesse:


A partir deste cenário, os criadores norte-americanos investiram no desenvolvimento do Brahman, através de importações de animais da Índia, do Brasil e México.

Walter Hudgins, um dos principais nomes do zebu nos EUA, iniciou o gado puro de origem. Em 1929, a Associação Americana de Criadores de Brahman passou a realizar o cadastramento do gado.

A contribuição brasileira para a formação desta raça é notória: de acordo com o livro "O Zebu", do professor Alberto Alves Santiago, levantamento feito já no final do século XX indicou que no rebanho norte-americano de zebu encontrava-se sangue de 150 touros brasileiros, contra 35 indianos. O Genearca Manso e suas progênies foram campeões em diversas exposições de Brahman, entre 1936 e 1946.

A pelagem desta raça é predominantemente branca, especialmente as fêmeas; no macho é frequente a pelagem cinza, especialmente para a parte anterior do corpo, no pescoço e até o cupim. Com relação ao peso, o animal macho padrão deve oscilar entre 725 e 1000 quilos; a fêmea, de 540 a 680 quilos.

A história do Brahman no Brasil é recente: a liberação para entrada da raça ocorreu somente em 1994, durante a Expozebu. A partir de então, aumenta a cada ano a participação do Brahman no rebanho brasileiro, hoje estimada em 5000 animais puros. Em termos percentuais, é uma das raças que mais crescem no país.

A alta fertilidade do Brahman tem sido uma das boas surpresas que essa raça zebuína trouxe ao Brasil. Fêmeas de pista prenhes desde os 8 meses foram mostradas na Expozebu. As matrizes Brahman destacam-se por produzir leite suficiente no período da amamentação, sem comprometer as funções reprodutivas. O bezerro Brahman pesa, em média, 27 a 29 kg ao nascer, o que descarta a possibilidade de problemas no parto.

É inquestionável a capacidade desta raça em concorrer com raças de carne, como Angus e Hereford. O fácil manejo, por ser um gado pouco exigente, faz do Brahman uma boa escolha para programas de cruzamento industrial onde a cobertura com eficiência em regime de campo é fator fundamental para a viabilidade do projeto.

A capacidade do Brahman de tolerar altas temperaturas faz dele o animal de corte ideal para as áreas quentes e úmidas, principalmente por possuir pêlo curto, grosso e sedoso que reflete os raios do sol. A pele é solta com pigmentação escura, o que contribui para sua tolerância ao calor. No frio, sua pele se contrai, aumentando a grossura da pele e a densidade do pêlo, que fica longo e tosco com uma pelagen inferior densa. Além disso, sua cor clara atrai pouco os insetos e a pelagem curta e grossa impede a penetração dos mesmos.

A seleção atual da raça continua concentrada nos três critérios básicos: fertilidade, peso/precocidade e habilidade materna/funcionalidade. A maciez da carne é um outro objetivo a ser perseguido através dos programas de melhoramento genético.

A Marca OB, sempre em busca de variabilidade genética, oferece aos criadores de bezerros comerciais mais esta opção de heterose e refrescamento de sangue.

Consulte-nos: vendas@marcaob.com.br

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